No final deste ano, entre os dias 1 e 3 de dezembro, acontecerá a I Conferência Nacional de Comunicação. Reivindicação dos movimentos sociais, este será o momento para demandar as mudanças que julgamos centrais para o setor.
A imagem da mulher na mídia, a criminalização dos movimentos sociais, o preconceito e a homofobia propagados pelos veículos de comunicação devem estar na pauta. Além disso, o fim do monopólio comercial, a revisão das concessões de rádio e tv, a implementação de um sistema público de comunicação e as rádios comunitárias serão bandeiras centrais para a verdadeira democratização da comunicação. Tudo isso em um cenário de digitalização e convergência das mídias.
Confira a programação completa:
11/07, sábado, às 9 horas
A imagem da mulher na mídia
Os estereótipos criados pelos meios de comunicação sobre a mulher e seu papel na sociedade farão parte deste debate. Venha discutir qual é a imagem disseminada pela mídia sobre as mulheres e o quê isso tem a ver com os interesses mercadológicos da mídia privada.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: Rachel Moreno (Articulação Mulher e Mídia)
11/07, sábado, às 11 horas
Uma questão étnica e ética – os negros e sua representação
A presença de profissionais negros na mídia, o tratamento dado à cultura das comunidades afrodescendentes e a discussão feita pelos meios de comunicação sobre as políticas inclusivas, como as cotas raciais e as conquistas do povo quilombola.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: Juliana Cézar Nunes (Cojira - Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial)
11/07, sábado às 14 horas
Contra o preconceito: o movimento LGBT e a comunicação no Brasil
A orientação sexual e a identidade de gênero de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais continuam sendo um fator de discriminação, fortemente ratificado pela mídia brasileira. A cobertura dada à Parada Gay, em São Paulo, à morte de um rapaz próximo a Praça da República e aos assassinatos de LGBT em Curitiba ressuscitam a discussão sobre o preconceito arraigado nos meios de comunicação brasileiros.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: Léo Mendes (ABGLT - Associação Brasileira de Gays, Lèsbicas e Transgêneros)
11/07, sábado, 16 horas
Controle social e publicidade infantil
A transformação das crianças em públicos consumidores e os interesses capitais da mídia privada reforçam a necessidade de um controle social sobre os meios de comunicação. Quais são as discussões recentes sobre esse tema e o que já vem sendo construído pela sociedade civil brasileira serão abordagens deste debate.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: Cláudio Cardoso (Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania)
22/07, quarta-feira, 18h30min
Propriedade e concentração dos meios de comunicação
O monopólio da comunicação por famílias e grupos empresariais transformam um direito fundamental em um meio para o fortalecimento de poder político e econômico de poucas pessoas no Brasil. A visão patrimonialista do setor em contraposição ao direito humano à comunicação são o cerne desse debate.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: João Brant (Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social)
08/08, sábado, 9 horas
Desafios do sistema público: a complementaridade necessária
A comunicação brasileira se caracteriza pelo predomínio das mídias privadas, enquanto existem poucos canais estatais e os canais públicos são experiências recentes e embrionárias. Os desafios para a construção de um sistema público e as premissas que devem orientar este campo serão temas chaves para este debate.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: Jonas Valente (Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social)
19/08, quarta-feira, às 18h30min
Digitalização e convergência das mídias
A tendência de reunir diversas tecnologias em uma mesma plataforma será um marco para o campo das comunicações. Caso o setor popular brasileiro não participe deste debate, assistiremos essa oportunidade ser apropriada, mais uma vez, pelas grandes empresas de telecomunicações, enquanto o interesse público ficará relegado ao esquecimento. Venha discutir esse tema e construir propostas concretas para a ampliação do direito à comunicação.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
05/09, sábado, às 9 horas
Universalização da banda larga, inclusão digital e Internet
Muito além de ter um computador e acesso à internet, inclusão digital significa também conhecer as ferramentas e saber usá-las, a partir de uma capacitação crítica das populações quanto ao conteúdo da rede, transformando-os não em consumidores de informação, mas em produtores de conteúdo. Incluir digitalmente significa ainda desenvolver políticas públicas que priorizem tecnologias sociais, mais acessíveis a toda a população. Contribua para esta discussão, participando da II Jornada.
Local: APP Sindicato – Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14º andar, Ed. Asa.
Palestrante: Demi Getschko (CGI-Br - Comitê Gestor da Internet no Brasil)
Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação
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