quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Presidente da Abra pede para setor rever a participação na Confecom .

 Telenews, 26 de Agosto de 2009, 16h02

Johnny Saad, presidente da Abra, associação de radiodifusores encabeçada pelo Grupo Bandeirantes e pela RedeTV!, fez na abertura do Congresso da SET, nesta quarta, 26, um apelo às empresas para que revejam suas posições em relação à Confecom. Segundo Saad, a conferência é uma oportunidade de fazer uma revisão do setor de mídia e que deveria ser um momento de união. "Se formos (à conferência) divididos, vamos enfraquecer o setor", disse. Segundo ele, é preciso discutir a possibilidade de se fazer multiprogramação na televisão, sobretudo, qual será o modelo de negócios permitido. "Não brigamos pelo sistema mais avançado, que permite mobilidade, multiprogramação e HD? E agora não vamos discutir o modelo de negócios? Esse setor tem problema, a ficará pior se não discutirmos o modelo", disse. A multiprogramação, em sua opinião, seria uma forma de garant ir o aumento da oferta de conteúdo ao telespectador. "Nós temos visto a criação de novos canais brasileiros? Eu não vi!", disse no congresso dos engenheiros de televisão. Vale lembrar, a Abra entrou com um pedido de uma liminar cancelando a proibição da transmissão em multiprogramação nos canais digitais. A resposta ao pedido deve levar algum tempo, já que o tribunal responsável pela análise pediu para ouvir o Ministério Público antes de tomar uma decisão.

"Nós precisamos produzir mais e produzir no Brasil. Para isso, precisamos desentupir vários canos", continuou o presidente da Abra. Segundo Saad, se alguém criar hoje um novo canal, "pode ser o melhor do mundo", não vai conseguir distribuição. "Precisamos de um mínimo de 50% de produção nacional na televisão", disse, levando a discussão para a TV por assinatura.

Presente na abertura, o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero evitou a polêmica. "Estamos vivendo em um ambiente complexo. As questões colocadas pelo presidente da Abra precisam ser discutidas", disse. Seu discurso, no entanto, foi no sentido de valorizar o modelo existente. Ele lembrou o papel da radiodifusão para levar cultura, informação e entretenimento à população e garantiu que a TV e rádio continuarão sendo as mídias mais importantes no futuro.

Fernando Lauterjung

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